Prevalência de Sobrepeso em Escolares de Araguari


UNIPAC – UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
FACISA – FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CAMPUS IX








PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE ARAGUARI (MG)

 






JONAS DA COSTA DE SOUZA JÚNIOR
PAULO LEONARDO CASCÃO JÚNIOR
RICARDO AUGUSTO GONÇALVES










ARAGUARI
2010
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JONAS DA COSTA DE SOUZA JÚNIOR

PAULO LEONARDO CASCÃO JÚNIOR
RICARDO AUGUSTO GONÇALVES








PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE ARAGUARI (MG)

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC, como um dos requisitos para a conclusão do curso de Bacharel em Educação Física.




Orientador: Prof. Kelly Douat Godoi









ARAGUARI
2010
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Título: PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDAE EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE ARAGUARI (MG)


Autor: Jonas da Costa de Souza Júnior
            Paulo Leonardo Cascão Júnior
           Ricardo Augusto Gonçalves


Aprovada em: ________/________/________



Banca examinadora:

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 (Prof. XXXXXXXXXXXXXXXX)

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(Prof. XXXXXXXXXXXXXXXX)

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(Prof. XXXXXXXXXXXXXXXX)

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(Prof. XXXXXXXXXXXXXXXX)

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(Prof. XXXXXXXXXXXXXXXX)



ARAGUARI
2010
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Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.
(Ayrton Senna)
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PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE ARAGUARI (MG)

Jonas da Costa de SOUZA JR
Paulo Leonardo CASCÃO JR
Ricardo Augusto GOLÇALVES
Orientador: Prof. Kelly Douat Godoi


A obesidade é, atualmente, considerada uma das principais ameaças à saúde no mundo desenvolvido. O aumento na prevalência dos casos de sobrepeso e obesidade, em todo o mundo, esta ocorrendo proporcionalmente à diminuição progressiva de energia gasta em atividades de trabalho, ocupacionais, no cumprimento de afazeres domésticos e necessidades diárias. (Bouchard. 2003). O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares do município de Araguari (MG) e realizar uma comparação entre os gêneros. Foram avaliados 238 escolares, sendo 126 do sexo feminino e 112 do sexo masculino, com idade entre 6 e 10 anos, da rede municipal de ensino da cidade de Araguari (MG). Foram mensuradas o peso e altura das crianças para calculo do IMC (índice de massa corporal) e o resultado foi utilizado na tabela de curva de crescimento (CDC), seguindo orientação SISVAN (2004). Os cálculos para o diagnóstico de sobrepeso e obesidade foram realizados através do Excel, programa do Microsoft Office. Foi observado que escolares do sexo masculino apresentaram uma maior taxa de sobrepeso em relação à escolares do sexo feminino, porém o gênero feminino apresenta um número discretamente maior em relação à obesidade. Pode-se concluir que: 1) 11,3% de todos os 238 escolares que participaram do estudo apresentam um quadro de sobrepeso e 7,6%obesidade; 2) A maior diferença na prevalência de sobrepeso e obesidade entre os gêneros foi observado em crianças de seis anos e 10 anos, onde ambas as idades, a diferença entre os gêneros é, em média, 5%. Nas demais idades a diferença é de aproximadamente 2% ou 3%    
Palavras-chave: Prevalência, Obesidade, Crianças, Escolares.

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PREVALENCE OF OVERWEIGHT AND OBESITY IN SCHOOL OF THE MUNICIPALITY OF ARAGUARI (MG)
Jonas da Costa de SOUZA JR
Paulo Leonardo CASCÃO JR
Ricardo Augusto GOLÇALVES
Orientador: Prof. Kelly Douat Godoi


The obesity is currently considered a major health threats in the developed world. The increased prevalence of cases of overweight and obesity worldwide, this occurs in proportion to the progressive reduction of energy spent in work activities, occupational, in carrying out household chores and daily necessities. (Bouchard. 2003). The aim of this study was to identify the prevalence of overweight and obesity in school children of Araguari (MG) and make a comparison between genders. We evaluated 238 students who were 126 females and 112 males, aged between 6 and 7 years, the municipal schools of the city of Araguari (MG). We measured weight and height of children to calculate BMI (body mass index) and the result was used in the table of the growth curve (CDC), following guidance from Fisberg (1995). The calculations for the diagnosis of overweight and obesity were performed using Excel, Microsoft Office program. It was observed that male students had a higher rate of overweight compared to female students, but the female has a slightly higher number in relation to obesity. It can be concluded that: 1) 11.3% of all 238 students who participated in the study present a picture of overweight and obesity 7.6%, 2) The major difference in the prevalence of overweight and obesity between genders was observed in children aged six years and 10 years, where both ages, the gender difference is on average 5%. In other ages the difference is about 2% or 3%.
Key-words: Prevalence, Obesity, Children, School.
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 
CAUSUÍSTICA E MÉTODOS 
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANEXOS 
APÊNDICES 

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LISTA DE TABELAS




Tabela 1: Número de Crianças Avaliadas........................................   14
Tabela 2: Classificação das crianças quanto ao gênero.............    16
Tabela 3: Prevalência entre os gêneros por idade.........................  17
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LISTA DE FIGURAS




Figura 1: Crianças avaliadas.............................................................   16

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INTRODUÇÃO

A maioria dos autores que estudam o fenômeno da obesidade a descrevem como um desequilíbrio entre as calorias ingeridas e sua queima pelo organismo. Quando a quantidade calórica ingerida é maior que a necessidade exigida pelo organismo ela é acumulada na forma de gordura. Dessa forma, a obesidade não deveria ser considerada uma doença e sim uma síndrome, ou seja, um estado mórbido caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas atribuídos a mais de uma causa (Busse. 2004). 
Segundo Bouchard (2003), a obesidade é, atualmente, considerada uma das principais ameaças à saúde no mundo desenvolvido. O aumento na prevalência dos casos de sobrepeso e obesidade, em todo o mundo, esta ocorrendo proporcionalmente à diminuição progressiva de energia gasta em atividades de trabalho, ocupacionais, no cumprimento de afazeres domésticos e necessidades diárias. A diminuição do gasto energético associada à atividade física, resultante da automação e das alterações nas circunstâncias ambientais, domésticas e profissionais, não foi menos do que drástica, durante a segunda metade do século passado. O gasto energético em atividades físicas desenvolvidas nos períodos de lazer pode ter aumentado ligeiramente, mas não o suficiente para se equiparar às alterações decorrentes da urbanização e automação.
As preferências alimentares das crianças, assim como atividades físicas, são práticas influenciadas diretamente pelos hábitos dos pais, que persistem freqüentemente na vida adulta, o que reforça a hipótese de que os fatores ambientais são decisivos na manutenção ou não do peso saudável. Portanto, a informação genética constitui-se em uma causa suficiente para determinar sobrepeso e obesidade, mas, não sempre necessária, sendo possível reduzir-se a sua influência, através de modificações no micro e macro-ambiente em que vivem as pessoas (Oliveira et al. 2003)
Para Busse (2004), a genética influência no rápido aumento da prevalência da obesidade em diferentes populações e as diferenças na prevalência da obesidade em vários grupos de uma mesma população. Mas, mais que pela herança genética, a obesidade esta relacionada a fatores ambientais, sociais e comportamentais. Bouchard (2003) afirma que os riscos de desenvolver diabete, hipertensão, doenças da vesícula biliar e doença arterial coronariana diferem entre grupos étnicos e entre os sexos dentro de um grupo étnico.
No Brasil, diversos estudos realizados durante um período de 15 anos (1975 a 1989), mostraram que a prevalência de sobrepeso, definido como índice de massa corporal (IMC) maior ou igual à 25 kg/m², teve um aumento de 53% entre os adultos brasileiros com mais de 18 anos de idade, passando de 17% para 27% entre os homens e de 26% para 38% entre as mulheres (Velásquez-Meléndez. 2004).
Em 1995, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou a população mundial de obesos em 200 milhões de crianças abaixo dos cinco anos. Em 2000, esta estimativa, entre os adultos, subiu para 300 milhões de pessoas obesas. Geralmente, os homens apresentam os maiores índices de sobrepeso (IMC entre 25 e 30 kg/m²), enquanto as mulheres apresentam os maiores índices de prevalência da obesidade.
Nos EUA, em estudos realizados entre 1965 e 1980, constata-se que a obesidade em crianças de 6 a 11 anos aumentou em 67% entre os meninos e em 41% entre as meninas. Atualmente, 25% das crianças nos EUA são consideradas obesas e a maior parte dessas crianças pertence a classes sociais com menor poder aquisitivo. No Brasil, as crianças mais atingidas pela obesidade ainda pertence a classes sociais mais privilegiadas, apesar da tendência recente de uma mudança nesse perfil. O Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN) aponta que a obesidade infantil no Brasil atinge 16% das crianças (Giugliano & Melo 2004).
De acordo com relatos da Organização Mundial da Saúde, a prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de 10 a 40% na maioria dos países europeus nos últimos 10 anos. A obesidade ocorre mais freqüentemente no primeiro ano de vida, entre 5 e 6 anos e na adolescência.
O aumento na prevalência de obesidade entre crianças, adolescentes e adultos, em muitos países em todo o mundo, é alarmante. A sua prevenção devia estar entre as mais altas prioridades de saúde pública e certamente incluir o estímulo a modos de vida mais saudáveis, em todos os grupos etários, incluindo crianças e adolescentes. As comunidades, os governos, a mídia e as indústrias de alimentos precisariam trabalhar de forma conjunta para modificar o meio ambiente e promover a conscientização, fazendo que não sejam tão indutores de ganho de peso (Bouchard. 2004)
Para Mello et al. (2004), a quantidade total de gordura, o excesso de gordura em tronco ou região abdominal e o excesso de gordura visceral são três aspectos da composição corporal associados à ocorrência de doenças crônico-degenerativas. O sobrepeso triplica o risco de desenvolvimento de diabetes mellitus (principalmente tipo II) que, juntamente com outras doenças como colesterol aumentado, hipertensão arterial sistêmica e sedentarismos, são fatores de risco independentes para doença coronariana. O depósito de colesterol na íntima das artérias musculares forma uma estria de gordura que, ainda na infância, dá início à aterosclerose
Já na infância, a obesidade esta relacionada a varias complicações, como também a uma maior taxa de mortalidade. E, quanto mais tempo o indivíduo se mantém obeso, maior é a possibilidade de ter complicações precoces em sua saúde, como maior predisposição a artroses, osteoartrite, hipertrofia cardíaca, menarca precoce, resistência a insulina, aumento da freqüência de litíase biliar aumento do risco de mortalidade, maior freqüência de câncer de endométrio, mama, vesícula biliar, cólon/reto, próstata. Também causa problemas respiratórios, como tendência hipóxia, devido a aumento da demanda ventilatória, aumento do esforço respiratório, diminuição da eficiência muscular, diminuição da reserva funcional, apneia do sono, infecções e asma. Psicossocialmente, a obesidade afeta o indivíduo devido à discriminação e isolamento que o mesmo sofre sendo afastado de atividades sociais e tendo dificuldade de expressar seus sentimentos (Mello et al. 2004).
A comparação de dados relativos à obesidade em crianças e adolescentes em todo o mundo é difícil devido à falta de padronização na classificação da obesidade e na interpretação de indicadores de sobrepeso e obesidade nestes grupos etários. Geralmente, são usadas as distribuições por percentil local ou nacional de peso em relação è idade. Estes índices podem não diferir entre regiões e nações, mas são todos passiveis de alteração com o tempo; além disso, diferentes tipos de corte por percentil são empregados na definição de sobrepeso ou obesidade (Bouchard. 2003).
No sexo feminino, as dobras cutâneas podem ser maiores, pela maior quantidade de gordura. Na criança e no adolescente, o IMC esta relacionado com idade e estágio de maturação sexual. Há diferenças na quantidade de gordura e na distribuição regional entre as pessoas e também quanto à idade e sexo.
Segundo o SISVAN (2004), a classificação nutricional pode também ser realizada a partir da identificação do percentil de IMC por idade. O valor de IMC e idade deve ser identificado no gráfico de IMC por idade, segundo o sexo do indivíduo. Este gráfico corresponde a curvas que refletem a distribuição desse indicador em uma população de referência, isto é, aquela que inclui dados referentes a indivíduos sadios, vivendo em condições socioeconômicas, culturais e ambientais satisfatórias. No gráfico, são apresentados os percentis do indicador de IMC por idade. A intersecção da medida de IMC do indivíduo com sua idade possibilitarão a identificação dos percentis de IMC por idade do mesmo, devendo ser observados os pontos de corte para sua interpretação. Esse percentil de IMC por idade também pode ser identificado por meio de tabelas que apresentam diferentes valores de IMC em função da idade e do sexo do indivíduo.
Interpretando a tabela de percentil, relata-se que dois pontos de corte são definidos (percentis 5 e 85), o que permite a seguinte classificação: se o percentil de IMC por idade for abaixo que 5 o indivíduo esta com baixo peso, se estiver entre 5 e menos que 85 este indivíduo esta com peso adequado, caso o percentil for igual ou superior a 85, apresenta sobrepeso ou obesidade (SISVAN. 2004).
Em Araguari não existem estudos que identifiquem o diagnostico de sobrepeso e obesidade, de crianças de 6 a 10 anos. Devido a isso o presente estudo teve como objetivo identificar a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares do município de Araguari e realizar uma comparação entre os gêneros.
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CASUÍSTICA E MÉTODOS

         O estudo foi realizado em Araguari (MG), entre os meses de maio a junho de 2010, envolvendo exatamente 238 crianças, na faixa etária de 6 a 10 anos de idade (tabela 1), de ambos os sexos, estudantes de duas escolas municipais da cidade de Araguari, Centro Educacional Municipal Doutor Arcino Santos Laureano (CAIC) e Centro Educacional Municipal Tenente Coronel Vilagran Cabrita. O devido estudo foi previamente autorizado pela secretaria municipal de Educação do município de Araguari e pelas diretoras de ambas as escolas. O presente estudo foi realizado de forma aleatória, com a finalidade de preservar as características heterogêneas das amostras. O sexo (masculino/feminino) e a idade (6 a 10 anos) foram os fatores biológicos observados.


As crianças foram avaliadas no horário de educação física escolar, onde foi mensurado peso e altura para cálculo do IMC e posteriormente o percentil de IMC utilizando a tabela de curvas de crescimento (CDC). Segundo Fisberg (1995), o peso por estatura em crianças e o índice de massa corporal em adolescentes seriam os melhores indicadores. O autor cita dificuldades na avaliação da composição corporal em crianças e também o desconhecimento quanto aos limites do percentual de gordura, associado a riscos em relação à saúde nessa faixa etária. Para Mello et al.(2004), a escolha de um ou vários métodos de avaliação corporal em crianças deve ser criteriosa, devendo-se considerar sexo, idade e maturidade sexual para obter valores de referência e classificações de obesidade. O IMC para idade percentil é usado para interpretar o número do IMC porque é específico para idade e sexo da criança ou adolescente. Esse critério difere do usado para o que interpreta o IMC para adultos, o qual não leva em conta a idade e sexo. O sexo e idade são usados para crianças e adolescentes porque neles a quantidade de gordura corporal varia conforme a idade e sexo. Em 2000 o CDC (Center for Disease and Control and Prevention) americano apresentou uma versão revista das curvas de crescimento, introduzindo a possibilidade de utilização do índice de Massa Corporal (IMC) para a idade, que até então estava em falta.
                A pesagem foi realizada com as crianças descalças, vestindo apenas short e camiseta, em uma balança analógica da marca Conthey modelo BE9019 com capacidade de 120 Kg. Para coleta da estatura, as crianças foram colocadas numa superfície plana vertical, braços pendentes com as mãos espalmadas sobre as coxas, os calcanhares unidos e as pontas dos pés afastados, formando um ângulo de aproximadamente 60º, joelhos em contato, cabeça direcionada para frente e em inspiração profunda. A medida foi feita com uma fita métrica com capacidade de 1,50 metros e com precisão de 0,5 centímetros, fixada na parede a exato um metro do chão, foi feito o valor médio de três medidas.
As crianças foram classificadas como baixo peso (percentil do IMC/idade menor que cinco), faixa normal (percentil do IMC/idade ≥ cinco e < 85), sobrepeso (percentil do IMC/idade ≥ 85 e < 95) e obesas (percentil do IMC/idade ≥ 95) (SISVAN. 2004). Os valores de IMC e idade foram identificados no gráfico de IMC por idade, segundo o sexo do indivíduo. Este gráfico corresponde a curvas que refletem a distribuição desse indicador em uma população de referência, isto é, aquela que inclui dados referentes a indivíduos sadios, vivendo em condições socioeconômicas, culturais e ambientais satisfatórias. No gráfico, são apresentados os percentis do indicador de IMC por idade. A intersecção da medida de IMC do indivíduo com sua idade possibilitaram a identificação dos percentis de IMC por idade do mesmo, observando os pontos de corte para sua interpretação (SISVAN. 2004).
          Os cálculos foram realizados com o auxílio do programa Excel (Microsoft Office).
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ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Foram avaliadas 238 crianças, sendo 112 do sexo masculino (47%) e 126 do sexo feminino (53%); tomando a princípio como referência o índice de massa corporal (IMC) que foi calculo das crianças, foi observado que somente uma pequena parte delas (0,4%), dentre as 238 avaliadas, apresentava um quadro de sobrepeso e obesidade.


Foi utilizado o método de percentil de IMC por idade e sexo segundo as tabelas de curva de crescimento (CDC 2000) nos 238 alunos avaliados, por ser um protocolo mais fidedigno para crianças dessa faixa etária dando mais embasamento ao estudo.  Assim, 27 (11,34%) alunos foram classificados sobrepeso (16 crianças do sexo masculino e 11 do sexo feminino) e 18 (7,56%) classificados como obesas (sendo oito do sexo masculino e 10 do sexo feminino). O restante das crianças 193 (81,09%), consideradas abaixo ou com peso normal. (Tabela 2)


Pôde-se observar que apesar de meninos apresentarem uma maior taxa de sobrepeso, as meninas apresentam um maior número quando verificamos a prevalência de obesidade.
Do total de 45 indivíduos diagnosticadas acima do peso ideal, observou-se uma maior prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças de 10 anos de idade, onde 17,5% e 15%, respectivamente, das crianças nesta idade, estavam classificadas como sobrepeso e obesas (tabela 3). Realizando uma comparação entre os gêneros, podemos observar uma igualdade na prevalência de sobrepeso em crianças com 10 anos (7,5%) do mesmo sexo. Já as crianças com seis anos apresentaram a maior diferença entre os gêneros quanto ao quesito sobrepeso, apontando 10,7% dos meninos nesta idade estão com sobrepeso e apenas 1,7% das meninas estão na mesma faixa.


Avaliando as crianças com seis anos de idade, foi constatada uma ampla e grande diferença na prevalência de sobrepeso e obesidade entre o gênero feminino e masculino, pois entre todas as crianças nesta idade, 12,5% das crianças com sobrepeso ou obesidade eram do sexo masculino e 7,14% das crianças do sexo feminino. Crianças do sexo feminino com 10 anos têm a maior prevalência de sobrepeso e obesidade dentre todas as idades das crianças avaliadas no presente estudo. Foram classificadas 45 crianças  acima do peso, apenas 17 praticam alguma atividade física fora da escola. Das demais crianças que não praticam atividade física, 15 estão com sobrepeso e 13 obesas.
Observa-se que no presente estudo a  prevalência de sobrepeso e obesidade encontrados nos alunos avaliados da cidade de Araguari mostra um taxa de sobrepeso e obesidade na media nacional que, segundo Giugliano e Melo (2004), é de 16%  usando o método de percentil de IMC/Idade e também se equipara ao estudo de Fisberg et. al (2006) onde as prevalências totais de sobrepeso e obesidade foram de 15,7%  e 18,0% , respectivamente . Já na observação de sobrepeso a uma diferença com relação as meninas, sendo que 13,7% nos meninos e 14,8% nas meninas apresentaram sobrepeso. A prevalência de obesidade foi de 16,9%  nos meninos e 14,3%  as meninas, o que diferente muito do estudo feito nos escolares de Araguari.
Balaban & Silva (2001) realizaram estudo em uma única escola particular da cidade de Recife, onde foram avaliadas 332 crianças de 6 a 9 anos de idade. Neste estudo, os valores de prevalência de sobrepeso foram bastante superiores aos encontrados nas escolas de Araguari, 33,6% para o sexo masculino e 35,0% para o sexo feminino. Porem os meninos apresentaram prevalência mais elevada do que as meninas,o que se constata igualmente neste estudo. Em relação à prevalência de obesidade, comportamento oposto foi encontrado, com valores bem maiores que os de Araguari, 19,7% para o sexo masculino e 9,4% para o sexo feminino.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A prevalência de sobrepeso e obesidade encontrados nos alunos avaliados da cidade de Araguari mostra um taxa de sobrepeso e obesidade que 11,3% das crianças foram classificadas com sobrepeso e 7,5% com obesidade  usando o método de percentil de IMC/Idade. A validade do uso do IMC como indicador de adiposidade em crianças vem sendo demonstrada em vários estudos (Pietrobelli 1998), porém, os limites ou pontos de corte do IMC de aplicação internacional, para o diagnóstico de sobrepeso e obesidade em crianças, têm sido contestados devido a variações raciais, segundo alguns autores (Deurenberg 2001). Os resultados deste estudo mostram que mesmo com algumas contestações é viável a escolha do IMC/idade, baseado em padrão internacional da tabela de percentil de IMC/Idade (SISVAN. 2004), como indicador diagnóstico de sobrepeso e obesidade em escolares, pois consiste em método de baixo custo, com um grande referencial para medidas paliativas e preventivas, que podem reduzir o número dos índices de prevalência de sobrepeso e obesidade nos alunos da rede municipal de ensino de Araguari. É importante lembrar que os fatores biológicos, psicológicos, sócio-econômicos e sócio-comportamentais também influenciam na taxa de prevalência de sobrepeso e obesidade.
A adoção de critérios uniformes e simples de serem utilizados, como é o caso do IMC/idade facilitaria a comparação de resultados entre regiões e países, assim como a avaliação do impacto de medidas preventivas e curativas relativas ao problema. Considerando que o estudo foi limitado quanto à faixa etária, além do uso de um método que não e considerado de referência para cálculo da adiposidade, fazem-se necessários mais estudos, para que esse indicador possa ser adota de sistemática em nosso meio, sendo usado como forma de induzir outros estudos com informações sobre a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BOUCHARD, Claude. Atividade física e obesidade. 1 ed. Barueri: Manole, 2003

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ANEXOS

ANEXO I - Tabela de Curva de Crescimento para Meninos




ANEXO II - Tabela de Curva de Crescimento para Meninas



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APÊNDICES

APÊNDICE I – Termo de consentimento para o CEM Tenente Coronel Vilagran Cabrita


UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – UNIPAC - ARAGUARI

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE



Av. Minas Gerais, 1889 – Centro – CEP 38.440.000 – Araguari – MG
Telefax: (34) 3241-3900 – E-mail: unipac.Araguari@capidanet.com.br

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) a participar da pesquisa de campo sobre a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares do município de Araguari. A dúvida que nos incita a busca por esse estudo é verificar a incidência de sobrepeso em escolares da rede pública municipal de ensino do município de Araguari.  Essa pesquisa está sendo desenvolvida pelos graduandos Jonas da Costa de Souza Júnior, Paulo Leonardo Cascão Júnior e Ricardo Augusto Gonçalves, do curso de Educação Física da Universidade Presidente Antônio Carlos, sob orientação da professora Kelly Douat Godoi.
A participação deste estabelecimento de ensino é de relevante importância para contribuir com os resultados dessa pesquisa e garantimos que em nenhum momento o nome dos alunos será exposto e não haverá gastos financeiros com essa contribuição. Nós o(a) deixaremos livre para interromper o questionário, sem qualquer prejuízo se assim o desejar.


                                                 Araguari, 1 de maio de 2010

Eu aceito participar do projeto acima citado, voluntariamente, após ter sido devidamente esclarecido(a).

Diretora CEM Tenente Coronel Vilagran Cabrita
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APÊNDICE II – Termo de consentimento para o CAIC Dr. Arcino Santos Laureano

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – UNIPAC - ARAGUARI

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE



Av. Minas Gerais, 1889 – Centro – CEP 38.440.000 – Araguari – MG
Telefax: (34) 3241-3900 – E-mail: unipac.Araguari@capidanet.com.br

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) a participar da pesquisa de campo sobre a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares do município de Araguari. A dúvida que nos incita a busca por esse estudo é verificar a incidência de sobrepeso em escolares da rede pública municipal de ensino do município de Araguari.  Essa pesquisa está sendo desenvolvida pelos graduandos Jonas da Costa de Souza Júnior, Paulo Leonardo Cascão Júnior e Ricardo Augusto Gonçalves, do curso de Educação Física da Universidade Presidente Antônio Carlos, sob orientação da professora Kelly Douat Godoi.
A participação deste estabelecimento de ensino é de relevante importância para contribuir com os resultados dessa pesquisa e garantimos que em nenhum momento o nome dos alunos será exposto e não haverá gastos financeiros com essa contribuição. Nós o(a) deixaremos livre para interromper o questionário, sem qualquer prejuízo se assim o desejar.


                                                 Araguari, 1 de maio de 2010

Eu aceito participar do projeto acima citado, voluntariamente, após ter sido devidamente esclarecido(a).

Diretora CAIC Dr. Arcino Santos Laureano

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APÊNDICE III – Questionário para diagnóstico de sobrepeso e obesidade