sábado, 24 de dezembro de 2011

Crianças devem conviver com o não.


    O que se vê hoje em dia são crianças e adolescentes mimados que não aprenderam, quando criança, a conviver com o não em suas vidas. Quando digo "conviver com o não", não significa que deveriam ter tudo negado, mas sim regulado pelos seus pais.
As pessoas estão se tornando pais cada dia mais cedo e uma conseqüência disto é uma dificuldade em educar seus filhos. Muitos nem sequer planejam ter um filho, mas mesmo assim são agraciados com tal e quando isto acontece, estes "novos pais" não dão a devida prioridade para a educação de seus filhos, deixando esta tarefa para avós e até mesmo os professores.
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É normal que uma criança cresça com sua personalidade já definida. Personalidade esta normalmente herdada de seus pais e que não impedem que os pais ensinem aos mesmos, o que é certo e o que é errado, independente da maneira cuja qual a criança ira receber tais informações. Para que as crianças possam começar a entender sobre o certo e o errado, os próprios pais devem mudar algumas atitudes que possam vir a influenciar seus filhos. Pois se você faz algo errado na frente de seus filhos, como vai poder exigir que os mesmos não o façam? É claro que em alguns momentos os pais irão cometer erros, mas dever ter o devido cuidado para que estes erros não se tornem freqüentes.
Os pais necessitam impor regras para seus filhos e é justamente neste momento da aprendizagem dos mesmos que podem vir a surgir os primeiros conflitos. Mas é importante que os pais tenham pulso firme, para que as crianças cumpram estas regras, mesmo que contra sua vontade, podendo no futuro colher frutos por se tornar uma pessoa mais responsável sobre seus comportamentos.

Quando um pai impõe uma regra e deixa que seu filho a burle, esta plantando na cabeça da criança que aquilo não tem muita importância, fazendo com que a criança cometa futuramente algo errado e que poderia ser evitado caso os pais tivessem feito a criança agir da forma pela qual lhe foi orientada.
Haverá casos em que a rejeição da criança e principalmente do adolescente sobre alguma regra imposta pelos pais será constante. Neste caso os pais podem, através de um dialogo, estabelecer novos tratos e até mesmo ceder à seus filhos, mas somente depois de analisar o ponto de vista dos mesmos e realmente chegar a conclusão de que eles tem razão. Este acordo entre pais e filhos dará aos mesmos maior facilidade de impor regras aos filhos e não implantará na cabeça dos mesmos a impressão de pais autoritários. E, na medida em que os filhos forem amadurecendo, tais regras poderão ser afrouxadas, pois eles já terão capacidade de administrar alguns atos próprios.
Junto com o desenvolvimento, virá também a necessidade de autonomia, satisfação em poder tomar algumas decisões por conta própria. Por isso, os pais podem, quando achar que tais decisões não têm tamanha importância na formação da criança ou adolescente, deixar que seu filho tome a rédea da situação. Até mesmo isto será bom para que eles possam começar a conviver e aceitar as escolhas certas e erradas. Mas a partir deste momento, sempre que for privar seu filho de tomar alguma decisão, é importante que expliquem para o mesmo o motivo pelo o qual o fazem.
As crianças e adolescentes impõe uma forte barreira sobre as tarefas que lhe são confiados a cumprirem em seus lares. Os pais devem ensinar desde cedo, que a casa segue rotinas, tais como: horário de acordar e dormir, horário das refeições, horário para assistir TV, horário para os estudos, dentre outros que os pais, na medida do necessário, podem impor em seus lares, sendo importante os filhos cumprirem. Às vezes, se os pais acharem necessário, podem até relevar algumas rotinas nos finais de semana ou feriado, por exemplo.
Mas para que todas estas regras e rotinas façam sentido e possam funcionar em harmonia no lar, e fundamental que os pais estejam unidos numa mesma idéia. O pai nunca pode influenciar ou mudar uma regra imposta pela mãe, e vice versa. Sempre que forem tomar alguma decisão sobre a educação dos filhos, os pais devem fazê-la em comum acordo, para que possam assim, contribuir de igual importância para a educação do filho.
É normal e aceitável a punição dos filhos, mas desde que esta não seja violenta e atinja a criança física ou psicologicamente. A punição deve vir de acordo com o que o filho fez e é de suma importância que, antes de decidir qual a punição dada à criança ou adolescente, o pai esteja calmo, para que possa aplicar tal corretivo de forma eficaz. Dentre algumas maneiras de repreender uma criança, pode se utilizar de castigos, privando a criança de algo que ela goste por determinado tempo e até mesmo a fazer com que a criança repare seu erro, fazendo com que ela faça isso de forma que não venha a repetir novamente.
Filhos não sabem o que os pais querem, por isso sempre que for impor alguma regra ou pedir algo à seus filhos, explique para os mesmos o motivo pelo qual o faz. Pois se a idéia passada pelos pais for bem assimilada pelos filhos, a chance das crianças e adolescentes seguirem o que os pais querem é muito maior. E assim com as crianças, os pais são passivos de erros. Quando isto acontecer, reconheça-os na frente de seus filhos, dando assim mais uma vez o exemplo do que é certo e do que é errado.

Seguindo estas pequenas dicas, os pais terão ainda mais sucesso na educação dos filhos. O dialogo e respeito que os pais manterem com seus filhos, será recíproco. E na medida em que forem se desenvolvendo, aprenderão a viver em sociedade seguindo os ensinamentos do lar, tendo assim a capacidade de discernir o certo do errado, dando-lhes a capacidade de seguir por caminhos que os levarão alçar vôos maiores e afastando-os de males que afligem a sociedade, que lhe será muito grata por ter contribuído para a formação de cidadãos de bem.

Por Paulo Cascão

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